No entendimento das duas associações – ANIET e APF - os resíduos inertes, ou de outros solos e rochas, deverão continuar a ser contemplados como passíveis de ser usados para enchimento de vazios de escavação das pedreiras (Operação R10 - Tratamento do solo para benefício agrícola ou melhoramento ambiental), no âmbito dos respetivos PARP, mantendo o entendimento constante no Despacho do Senhor Secretário de Estado do Ambiente, datado de 30.04.2010 e não excluindo a aplicação do Decreto-Lei n.º 10/2010, de 4 de fevereiro, que estabelece o regime jurídico a que está sujeita a gestão de resíduos das explorações de depósitos minerais e de massas minerais. As areias resultantes do processo da fundição têm vindo a ser utilizadas ao abrigo do conceito de subproduto, e tem resultado numa profícua simbiose, entre o setor extrativo e o setor de fundição, para a recuperação ambiental e paisagística de pedreiras.  Esta é uma prática aceite em vários países europeus tendo em conta a óbvia impossibilidade de as pedreiras procederem ao enchimento dos vazios de escavação com resíduos provenientes, unicamente, da sua própria atividade. Entendem assim, a APF e a ANIET que a utilização de resíduos inertes na recuperação de pedreiras é considerada reutilização e valorização desses materiais com a finalidade de reabilitação do território. 

Após exposição desta profícua simbiose entre o setor extrativo e o setor de fundição para a recuperação ambiental e paisagística de pedreiras, as associações saíram desta audiência com a convicção do melhor acolhimento da sua proposta, por parte do Sr. Ministro do Ambiente e Acão Climática.