Notícias - PROJECTO SINAIS VITAIS/ RESULTADOS (continuação)

15/06/20

PROJECTO SINAIS VITAIS/ RESULTADOS (continuação)

A ANIET, numa parceria com a CIP e o ISCTE, encontram-se a recolher o contributo das empresas para o Projeto Sinais Vitais. Este projecto pretende recolher, semanalmente, a opinião dos empresários e gestores portugueses sobre os temas (cada semana um tema diferente) que afetam as empresas nesta época de pandemia. 
As respostas aos inquéritos são confidenciais e o seu tratamento é realizado pelo Marketing FutureCast Lab do ISCTE, que se disponibilizou para o realizar pro bono e desta forma dar o seu contributo às empresas portuguesas.
Divulgamos assim e no seguimento na notícia no anterior Boletim informativo, os resultados do 2º, 3º e 4º inquéritos.

Um terço das empresas que recorreram ao "layoff simplificado” já pediram a sua renovação
Um terço das empresas que recorreram ao "layoff simplificado” já pediram a renovação da medida, segundo os dados do inquérito desenvolvido pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal, através das associações.

O estudo aponta, também, que 8% das empresas que não recorreram a este instrumento criado no âmbito da resposta à pandemia de covid-19 considera, ainda, recorrer à medida.

Este é o segundo inquérito do Projeto Sinais Vitais, uma iniciativa inédita desenvolvida em conjunto pela CIP e pelo Marketing FutureCast Lab do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, com a participação das associações que tem como objetivo recolher informação credível e atualizada sobre o que pensam os empresários e gestores de topo das empresas portuguesas, no quadro da atual situação de exceção.

Estes dados confirmam que existe a necessidade de manutenção da medida de layoff simplificado, mas que é necessário que tenha flexibilidade para se ajustar às necessidades das empresas de diferentes sectores. 
Das empresas inquiridas que recorreram ao "layoff simplificado”, 25% tiveram de colocar a totalidade dos seus trabalhadores nesse regime, enquanto 75% só tiveram de o fazer com parte dos trabalhadores.

Apesar de 30% das empresas que recorreram a este instrumento até 10 abril não terem, a 4 de maio, recebido o apoio, mesmo assim, nas empresas que recorreram ao lay-off, cumpre registar que 84% delas cumpriram integralmente os pagamentos de salários dos seus trabalhadores.

Os resultados do inquérito, que é operacionalizado pelas associações que, como a ANIET, integram a CIP, foi feito com base nas repostas dadas por uma amostra significativa de 1451 empresas, representativas do tecido económico português. Num cenário de amostra probabilística, terá um erro máximo de 2,6% e um intervalo de confiança de 95%.

Face aos dados registados no inquérito da semana anterior, o número de empresas em situação de encerramento total ou parcial aumentou ligeiramente, subindo 1,6 pontos percentuais, para 51,8%.

58% das empresas quer manter parte ou totalidade do investimento previsto para 2020
Mais de metade das empresas pretende manter, parcial ou totalmente, o investimento que tinha previsto para o corrente ano, antes da pandemia de covid-19, conclui o inquérito. Antes da crise de saúde pública, quatro em cada cinco empresas previam investir em 2020, nomeadamente na capacidade produtiva e em instalações.
O inquérito feito às empresas portuguesas sobre as suas perspetivas de investimento e necessidades de capitalização conclui que mais de metade das empresas considera não ter uma estrutura de capital adequada aos investimentos previstos no início do ano, tendo em conta a situação de exceção, e 82,2% recorrerá a instrumentos de capitalização, se forem criados.

A CIP propôs a concretização de um plano para alavancar a retoma da economia portuguesa, que inclui, entre outras medidas, a criação de instrumentos de capitalização das empresas, o reforço das linhas de crédito de apoio e o reforço dos seguros de crédito para exportação.
Esta situação e exceção que vivemos afetou significativamente os projetos de desenvolvimento das empresas, mas o que este inquérito nos diz é que mais de 58% das empresas que planeavam investimentos vão mantê-los, na totalidade ou parcialmente, o que mostra que as empresas portuguesas estão a trabalhar para retomar a atividade e que estão comprometidas com serem um motor para a recuperação da economia. No entanto, para que esta recuperação seja possível, é necessário que o Estado também cumpra a sua parte”.
Acresce que é registado o aumento da proporção de empresas que já pediu ou tencionar pedir acesso às linhas de financiamento definidas, mas que mais de dois terços das empresas que já solicitaram esses apoios ainda não o receberam.

Mais de metade das empresas que adotou o teletrabalho equaciona mantê-lo

Mais de metade das empresas (52%) que adotou o teletrabalho, no quadro das medidas de prevenção e combate à covid-19, equaciona manter esta solução de forma permanente, conclui o inquérito. 
O inquérito indica que 92% das empresas que podiam recorrer ao teletrabalho o fez, embora a maioria o tenha feito de forma parcial. Isto aconteceu mesmo quando 62% das empresas inquiridas ter referido não ter experiência prévia com este tipo de organização do trabalho. Os resultados verificados são positivos, com mais de metade dos inquiridos a dizer que a produtividade se manteve ou aumentou com a adoção do teletrabalho.

As empresas sentem-se, no geral, mais confortáveis com o regresso ao regime normal de teletrabalho, previsto no código, notou-se que a adesão verificada a esta solução e, também, o grau de prontidão evidenciado pelas empresas, quer em termos tecnológicos, para fazer face aos constrangimentos, quer em termos de garantia de cibersegurança.

Os dados do inquérito desenvolvido pela CIP, através das associações que a integram, continuam a evidenciar uma avaliação negativa dos empresários e gestores relativamente aos apoios do Estado, com quatro em cada cinco empresas a considerarem que estão aquém do necessário. 

Também é negativa a avaliação feita dos apoios da União Europeia, com mais de metade dos inquiridos a considerarem-nos inadequados.

Os resultados pormenorizados de todos os seguintes inquéritos foram enviados, por circular, aos associados da ANIET.

Inquérito ao INANCIAMENTO BANCÁRIO 
Inquérito ao Lay-off Simplificado
Inquérito à Proteção da Saúde Pós Estado de Emergência
Inquérito ao Investimento e Capitalização das Empresas